domingo, 29 de maio de 2011

Um bom email ...que me enviaram

Bom dia, é da recepção? Eu gostaria de falar com alguém que me desse informações sobre um doente internado. Queria saber se a pessoa está melhor ou se piorou...

- Qual é o nome do doente?
- Chama-se Celso e está no quarto 302.
- Um momentinho, vou transferir a chamada para o sector de enfermagem...

- Bom dia, sou a enfermeira Lourdes... O que deseja?
- Gostaria de saber a condição clínica do doente Celso do quarto 302, por favor!
- Um minuto, vou localizar o médico de plantão.

- Aqui é o Dr. Carlos. Em que posso ajudar?
- Olá, doutor. Precisava que alguém me informasse sobre a saúde do Celso que está internado há três semanas no quarto 302.

- Só um momento que eu vou consultar a ficha do doente... Hummm! Aqui está: alimentou-se bem hoje, a pressão arterial e o pulso estão estáveis, responde bem à medicação prescrita e vai ser retirado da monitorização cardíaca amanhã. Continuando bem, o médico responsável assinará a alta em três dias.

- Ahhhh, Graças a Deus! São notícias maravilhosas! Que alegria!

- Pelo seu entusiasmo, deve ser alguém muito próximo, certamente da família!?

- Não, sou o próprio Celso telefonando aqui do 302! É que toda a gente entra e sai deste quarto e ninguém me diz porra nenhuma. Eu só queria saber como estou....

2 comentários:

finabolos disse...

Muito bem, Isabel. É muito importante estimular a proximidade entre os doentes e os profissionais de saúde. Devo dizer-te que sofri na pele, quando o meu pai estava muito mal no hospital, a frieza com que nos tratavam e a facilidade com que delegavam responsabilidades remetendo o a nossa ânsia de obter informações para instâncias cada vez mais superiores e de difícil acesso. Espero que essa situação mude em todos os serviços de saúde para que a comunicação se estabeleça bem como a confiança e a esperança. Beijinho

Josefina

Associação Passo Positivo disse...

Uma das maiores barreiras à transmissão da informação são os próprios profissionais. Falta de tempo, disponibilidade, enfim... muitas seriam as explicações. Quanto a nós, enfermeiros, uma delas prende-se com a informação que podemos transmitir sem colidir com a parte médica - que é muitas vezes a informação pretendida pelos familiares.